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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Planeta não é sustentável sem controle de consumo e população

O consumo excessivo em países ricos e o rápido crescimento populacional nos países mais pobres precisam ser controlados para que a humanidade possa viver de forma sustentável.

A conclusão é de um estudo de dois anos de um grupo de especialistas coordenados pela Royal Society (associação britânica de cientistas).

Entre as recomendações dos cientistas estão dar a todas as mulheres o acesso a planejamento familiar, deixar de usar o Produto Interno Bruto (PIB) como um indicativo de saúde econômica e reduzir o desperdício de comida.

O relatório da Royal Society será um dos referenciais para as discussões da Rio+20, cúpula que acontecerá na capital fluminense em junho próximo.

"Este é um período de extrema importância para a população e para o planeta, com mudanças profundas na saúde humana e na natureza", disse John Sulston, presidente do grupo responsável pelo relatório.

"Para onde vamos depende da vontade humana - não é algo predestinado, não é um ato de qualquer coisa fora (do controle) da humanidade, está em nossas mãos".

John Sulston ganhou renome internacional ao liderar a equipe britânica que participou do Human Genome Project, projeto responsável pelo mapeamento do genoma humano.

Em 2002, ele foi ganhador, junto com outro cientista, de um prêmio Nobel de Medicina, e hoje é diretor do Institute for Science Ethics and Innovation, na Manchester University, em Manchester.

Discussão retomada

Embora o tamanho da população humana da Terra fosse no passado um importante ponto de discussão em debates sobre o meio ambiente, o assunto saiu da pauta de discussões recentemente.

Em parte, isso aconteceu porque alguns cientistas chegaram à conclusão de que a Terra seria capaz de suportar mais pessoas do que o imaginado. Além disso, países em desenvolvimento passaram a considerar a questão como uma cortina de fumaça criada por nações ocidentais para mascarar o problema do excesso de consumo.

Entretanto, o tema voltou à pauta de discussões após novos estudos terem mostrado que mulheres em países mais pobres, de maneira geral, desejam ter acesso ao planejamento familiar, o que traria benefícios à suas comunidades.

Segundo a projeção "média" da ONU, a população do planeta, atualmente com 7 bilhões de pessoas, atingiria um pico de pouco mais de 10 bilhões no final do século e depois começaria a cair.

"Dos três bilhões extra de pessoas que esperamos ter, a maioria virá dos países menos desenvolvidos", disse Eliya Zulu, diretora execuriva do African Institute for Development Policy, em Nairóbi, no Quênia. "Só na África, a população deve aumentar em 2 bilhões".

"Temos de investir em planejamento familiar nesses países - (desta forma,) damos poder às mulheres, melhoramos a saúde da criança e da mãe e damos maior oportunidade aos países mais pobres de investir em educação".

O relatório recomenda que nações desenvolvidas apoiem o acesso universal ao planejamento familiar - o que, o estudo calcula, custaria US$ 6 bilhões por ano.

Se o índice de fertilidade nos países menos desenvolvidos não cair para os níveis observados no resto do mundo - alerta o documento - a população do planeta em 2100 pode chegar a 22 bilhões, dos quais 17 bilhões seriam africanos.

Ultrapassando fronteiras

O relatório é da opinião de que a humanidade já ultrapassou as fronteiras planetárias "seguras" em termos de perda de biodiversidade, mudança climática e ciclo do nitrogênio, sob risco de sérios impactos futuros.

Segundo a Royal Society, além do planejamento familiar e da educação universal, a prioridade deve ser também retirar da pobreza extrema 1,3 bilhão de pessoas.

E se isso significa um aumento no consumo de alimentos, água e outros recursos, é isso mesmo o que deve ser feito, dizem os autores do relatório.

Nesse meio tempo, os mais ricos precisam diminuir a quantidade de recursos materiais que consomem, embora isso talvez não afete o padrão de vida.

Eliminar o desperdício de comida, diminuir a queima de combustíveis fósseis e substituir economias de produtos por serviços são algumas das medidas simples que os cientistas recomendam para reduzir os gastos de recursos naturais sem diminuir a prosperidade de seus cidadãos.

"Uma criança no mundo desenvolvido consome entre 30 e 50 vezes mais água do que as do mundo em desenvolvimento", disse Sulston. "A produção de gás carbônico, um indicador do uso de energia, também pode ser 50 vezes maior".

"Não podemos conceber um mundo que continue sendo tão desigual, ou que se torne ainda mais desigual".

Países em desenvolvimento, assim como nações de renda média, começam a sentir o impacto do excesso de consumo observado no Ocidente. Um dos sintomas disso é a obesidade.

PIB

A Royal Society diz que é fundamental abandonar o uso do PIB como único indicador da saúde de uma economia.

Em seu lugar, países precisam adotar um medidor que avalie o "capital natural", ou seja, os produtos e serviços que a natureza oferece gratuitamente.

"Temos que ir além do PIB. Ou fazemos isso voluntariamente ou pressionados por um planeta finito", diz Jules Pretty, professor de meio ambiente e sociedade na universidade de Essex.

"O meio ambiente é de certa forma a economia... e você pode discutir gerenciamentos econômicos para melhorar as vidas de pessoas que não prejudique o capital natural, mas sim o melhore", completa.

O encontro do Rio+20 em junho deve gerar um acordo com uma série de "metas de desenvolvimento sustentável", para substituir as atuais metas de desenvolvimento do milênio, que vem ajudando na redução da pobreza e melhoria da saúde e educação em países em desenvolvimento.

Não está claro se as novas metas vão pedir o compromisso de que os países ricos diminuam seus níveis de consumo.

Governos podem ainda concordar durante o encontro no Rio a usar outros indicadores econômicos além do PIB.

fonte: www.uol.com.br

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Europa: Quadro Natural

Imagem de Satélite Europa a noite

O QUE É A EUROPA?

A Europa é um continente que engloba aproximadamente 50 países. Desses, a maioria são países constitucionais, apresentando também algumas monarquias constitucionais, como: Reino Unido, Noruega, Suécia, Espanha, Países Baixos.
Como todo continente, a Europa apresenta diferenças políticas econômicas e étnicas. Podemos então dividir a Europa, em regiões segundo sua distribuição no espaço e suas características econômicas.
EUROPA OCIDENTAL (EUROPA DO OESTE): abrange os países banhados pelo atlântico (Reino Unido, Irlanda, França), os países que se ligam ao atlântico através do Mar do Norte (Países Baixos, Bélgica, Alemanha), e outros que não tem saída para o mar mas faz parte da região devida sua localização espacial (Áustria, Suíça, Luxemburgo e Liechtenstein). É a região mais desenvolvida da Europa.
EUROPA SETENTRIONAL (EUROPA DO NORTE): engloba a península escandinava (Noruega e Suécia), além de Finlândia, Islândia e a península jutlândia (Dinamarca). Também fazem parte desta região os países bálticos (Estônia, Letônia e lituânia). É a região mais fria da Europa divido a sua localização no globo.
EUROPA CENTRO ORIENTAL (LESTE EUROPEU): engloba os países socialistas do leste europeu e as repúblicas que constituíam a antiga união das repúblicas socialistas soviéticas.
EUROPA MERIDIONAL/MADITERRÂNEA (EUROPA DO SUL): corresponde aos países situados no sul europeu, e em sua maioria banhados pelo mar mediterrâneo. Portugal é o único país de região que não é banhado pelo mar mediterrâneo.é uma região de forte influência histórica.
O continente europeu apresenta uma grande diversidade étnica e cultural. As diferenciações étnicas e culturais são uma das principais causas de conflitos entre os países não só europeus, mas de todo o mundo. Obviamente, a intensidade e a colocação desses conflitos na sociedade estará presa ao conjunto de etnias que estão envolvidas no conflito, e também a região dos conflitos. Atualmente, as questões econômicas superam as questões políticas e culturais como principais causas de conflitos no mundo.


O QUADRO NATURAL DA EUROPA

A Europa situa-se sobretudo na faixa temperada do globo, sendo situada completamente no hemisfério norte e maior parte no oriente (leste). É cortada no extremo norte da península escandinava pelo círculo polar ártico.
Nela estão situados aproximadamente 7% das terras emersas de todo o planeta. A Europa forma com a Ásia um grande continente a EURÁSIA, pois se limita com a Ásia pelos montes Urais(formados por formações antigas). 

1. RELEVO:


O relevo da Europa é formado principalmente por montanhas e planícies. Predomina áreas com menos de 200 metros de altitude.

MONTANHAS:

Formações antigas: predominantemente na região norte (península escandinava) e no leste. São formações antigas e por isso, já sofreram muito desgaste pólos fatores externos (chuva, vento, neve, etc), sendo assim apresentam altitudes mais modestas e são estáveis geologicamente,ou seja, não apresentam movimentação tectônica. São formações cristalinas

Formações recentes: são também chamadas de dobramentos modernos. São instáveis geologicamente, sendo possíveis a atividade tectônica, com vulcanismo e terremotos. São formações mais recentes e pouco desgastadas pela erosão, por isso, apresentam altitudes mais elevadas. Estão localizadas ao sul do continente europeu.

PLANÍCIES: é a estrutura de relevo que mais se destaca no continente europeu. São predominantemente formadas por bacias sedimentares fluviais, ou seja, que sefreram sedimentação dos rios. Elas facilitam os transporte fluvial e são áreas muito férteis, devido a sedimentação de minerais. São favoráveis à agricultira.

REGIÃO OCIDENTAL: é predominantemente formada por áreas de altitudes mais baixas (0/200m), devido a sua formação antiga e/ou sedimentar.

REGIÃO SETENTRIONAL: é totalmente formada por formações antigas, com exceção da Islândia. Predomina regiões menos elevadas, com exceção dol Alpes escandinavos, localizados na Noruega e na Suécia. Estes, apresentam fiordes, que são vales invadidos por água. Suas elevações são acompanhadas por vales glaciais formados pela erosão glacial, pois, é uma região muito fria.

REGIÃO CENTRO-ORIENTAL: é predominantemente formado por áreas de menor elevação, formadas por bacias sedimentares. É nessa região que estão os montes Urais, um maciço antigo que divide a Ásia e a Europa.ao sul apresenta algumas formações recentes que apresentam maiores altitudes.

REGIÃO MERIDIONAL: é formada principalmente por cadeias montanhosas recentes, que apresentam maior elevação. Apresenta também algumas áreas de baixa altitude. Porém, é a região da Europa que concentra as áreas mais elevadas, praticamente totalidade da região é formada por altas altitudes.

  2. CLIMA E VEGETAÇÃO:

Vários fatores influem sobre o clima de uma região, tais como latitude, altitude continentalidade/maritimidade, correntes marítimas, massas de ar. O clima é um fator primordial para a ocorrência da vegetação, pois, dependendo do clima de uma região, este pode então criar ou não condições favoráveis para a existência ou não de diversos tipos de vegetação.
O clima europeu é predominantemente temperado, uma de suas características marcantes é a presença de quatro estações bem definidas.
EUROPA OCIDENTAL: o clima predominante é o temperado oceânico. O litoral apresenta uma menor amplitude térmica, pois, no verão, a água demora mais para aquecer, e no inverno, demora mais para perder calos para o ambiente. O clima temperado oceânico está associado a florestas de folhas caducas, ou cadufólias, que perdem suas folhas no inverno, como proteção ao frio.
EUROPA SETENTRIONAL: há presença dos climas temperado oceânico e continental, subpolar, o extremo norte da península escandinava e frio continental. Os tipos de vegetação são: cadufólia, tundra( vegetação rasteira e com ciclo de vida muito curto, somente enquanto o gelo cobre o solo), apresenta-se no extremos sul da península escandinava e na Islândia, nessas regiões, o clima é muito frio (subpolar). Taiga (floresta de coníferas), que tem aspecto de cone, para que a neve, quando caia escorra. É uma vegetação típica de clima frio.
EUROPA CENTRO-ORIENTAL: nessa região, o clima predominante é o temperado continental, além frio continental e subpolar mais ao extremo norte.apresenta ainda os climas semi-árido ao sul e frio de altitude, também ao sul. A vegetação é bem diversificada, apresentando: cadufólia (região temperada continental), estepes e estepes semi-áridas (na região semi-árida), vegetação de altitude (na região do Cáucaso, no sul, e nos montes Urais, ao norte). Além de tundra e taiga mais ao norte da região.
EUROPA MERIDIONAL: o clima dessa região é o meridional, um clima subtropical, de grande amplitude térmica anual. Sofre influência das massas de ar quente providas do Saara. Elevações ao norte dificultam a presença de massas de ar vindas do norte (ártico). A vegetação também constitui característica diferentes das européias, pois constitui árvores pequenas e arbustos dotados de espinhos. 

  3. HIDROGRAFIA:

 

A região européia é formada por uma grande quantidade de rios e de lagos que estão bem distribuídos por todo o território europeu.

REGIÃO OCIDENTAL: é uma região que apresenta rios de grande importância, como o TÂMISA, SENA, LOIRE, RÓDANO, ELBA e SPREE. O rio Reno é um rio que cumpre uma grande importância na integração regional. É uma grande hidrovia, de grande importância para o escoamento da produção européia

REGIÃO SETENTRIONAL: é uma região em que se destacam não só os rios, mas também os lagos, que geralmente são de origem glacial, devido às baixas temperaturas de região. Com maior destaque para os rios que nascem nos Alpes escandinavos.

REGIÃO CENTRO-ORIENTAL: dois rios dessa região são os mais importantes da Europa, o Danúbio e o Volga.  O rio Danúbio é o segundo mais extenso da Europa, mas o mais importante. Permite o escoamento da produção do centro-leste para o mar negro e depois para o mediterrâneo. O Volga é o mais extenso rio europeu e o segundo mais importante. Ele desemboca no mar Cáspio. Nasce no planalto russo e corta quase toda a Rússia européia. O rio é de extrema importância para a Rússia, pois é navegável e se liga com os mares Cáspio, Negro e Mediterrâneo, possibilitando o escoamento da produção russa. Seu curso é dificultado no inverno devido ao congelamento de suas águas.

REGIÃO MERIDIONAL: nessa região há apenas rios de importância local, como o rio Tejo, douro, minho, ebro. Apresenta ambém o rio pó, que é o eixo da hidrografia italiana.